Grandes safras do século 21

Existem vinhos de melhor safra que outros. Não, isso não é besteira, de gente esnobe. É fato.

Isso porque diferentes condições meteorológicas proporcionam resultados diferentes nas uvas de um mesmo vinhedo, que geram diferentes vinhos, mesmo quando vinificadas sob as mesmas condições, na mesma vinícola.

Então, a partir de agora, você é nosso convidado para conhecer alguns exemplos de grandes safras do século 21:

 Para um Champagne ainda mais interessante: 2002

Um ano quente e seco, particularmente quente no verão, e bem seco na época da colheita, proporcionou exemplares de Champagne com admirável acidez e cremosidade, capazes de envelhecer talvez até mais de 20 anos. Ironicamente, essa safra aconteceu exatamente após um ano ruim como o de 2001, quando o excesso de chuva prejudicou a qualidade dos vinhos, e os produtores nem se animaram a produzir Champagne Vintage, ou safrado.

 Para quem aprecia um bom Bordeaux: 2005

Essa foi uma safra fantástica, unanimidade entre os críticos de vinho. O tempo foi quente e seco durante o florescimento e a polinização, e depois as chuvas foram chegando gradualmente para diminuir o ritmo de crescimento das vinhas. O amadurecimento e a colheita das uvas deram-se em tempo seco, permitindo que cada uva fosse colhida na sua maturação ideal, sem correr o risco de apodrecer, ou de ter seus aromas e sabores diluídos.

 Para degustar os melhores Brunellos de Montalcino: 2010

O verão perfeito, relativamente quente e com acentuada amplitude térmica, permitiu o amadurecimento ideal da Sangiovese, e de seus componentes fenólicos. Essa ficou conhecida como uma safra histórica para os vinhos de Brunello di Montalcino, notoriamente oferecendo muito equilíbrio entre fruta madura, frescor e estrutura tânica. Esses são vinhos que poderão ser guardados por duas décadas ou mais.

 Para os fortificados e tradicionais vinhos do Porto: 2011

Esse ano entrou para a história dos vinhos do Porto, junto com safras lendárias, como as de 1945 e 1963. Em 2011, julho e agosto foram meses marcados pelo tempo seco, e as chuvas do final de agosto ofereceram somente o frescor necessário, antes do início da colheita, que aconteceu embaixo de um céu incrivelmente azul. Além disso, nesse ano, muitos produtores utilizaram variedades de uva que não são tão comuns no corte desses vinhos. O resultado foi vinhos do Porto complexos e arredondados, com um caráter frutado e acidez equilibrados, e taninos muito bem estruturados. Certamente, também, exemplares de muita longevidade!

 Para os sempre surpreendentes vinhos da Nova Zelândia: 2013

Dizem que esse ano foi comparável ao de 1998, ou ao de 1978. Com uma diferença: mediante as mesmas condições climáticas perfeitas, 2013 tinha décadas a mais de avanços tecnológicos de vinificação. Assim, essa safra acabou sendo considerada a melhor de todas, embora haja quem defenda a supremacia do ano posterior, 2014, principalmente na produção de Hawke’s Bay. Mas como foi 2013? Foi a combinação perfeita entre longas horas de Sol e calor na medida certa durante o dia, com noites muito frias, além de chuva na quantidade e no momento mais propício, que geraram uvas de qualidade extremamente alta, e vinhos de incomparável elegância.

Se você ainda não se convenceu da importância da safra no resultado final de um vinho, ou se quiser ler um pouquinho mais sobre esse interessante assunto, clique aqui.




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